3 de abr. de 2013

Conviver com as diferenças

By Prof. Theo
Pensando lateralmente, uma discussão pode não levar a essência das provocações e das mágoas.
Eu ainda acredito na união de pontos de vistas diferentes... (os prós e os contras)... Isso é muito bom para equacionar, para aparar arestas e para um consenso entre as partes.
No meu entendimento, o que importa são as diferentes opiniões e para onde elas direcionam nossos discernimentos, nossas convicções e verdades.
Viver em harmonia com pessoas que se congregam, se afinam e têm os mesmos preceitos filosóficos é muito fácil. Difícil é conviver com as diferenças.

Veja que uma questão de ótica: 
enquanto eu te atiro pedras, você me manda flores...

Ou seria o contrário: 
eu te mando flores e você me atira pedras...???

Para muitos, sei que não é fácil compreender.
Saber ouvir é essencial e admitir que seu oponente está certo, também é possível.

Então... deixo duas frases para reflexão (a sua e a minha também):

Como é maravilhoso quando nós nos encontramos com um paradoxo. Agora nós temos um pouco de esperança de fazer progresso. Físico Dinamarquês, Niels Bohr (1922-2009)

Se a única ferramenta que você tem é um martelo, tudo começa a parecer com um prego. Psicólogo Americano , Abraham Maslow (1908-1970)

Será que ajudou? Não?
Quem sabe uma parábola ajuda...

Um mestre e seu discípulo
Um mestre estava caminhando por um jardim muito florido e aproveitava a oportunidade para passar alguns ensinamentos ao seu discípulo.
Em determinado momento, o discípulo tinha dificuldades em assimilar as conjecturas do mestre. Então o mestre sugeriu que eles voltassem ao templo, pois ele queria tomar chá.
Chegando ao templo o mestre solicitou ao prestativo discípulo que preparasse um bule de chá.
Quando voltou, imediatamente serviu o mestre... e, para surpresa do discípulo, o mestre solicitou que colocasse ainda mais chá em sua xícara.
E o discípulo disse:
- Mas a sua xícara já está cheia!
- Por favor, coloque mais chá em minha xícara!  (insistiu o mestre).
O chá começa a transbordar para a bandeja, e o discípulo para... O mestre, então, indaga o discípulo:
- O que você aprendeu com isto?
- Nada, pois eu já sabia que o chá iria escorrer para a bandeja e daí para o chão (responde o discípulo).
E o mestre retruca:
- Para caber mais chá, a xícara precisa estar um pouco vazia.
E continuou:
- Assim também somos nós! Quando achamos que sabemos tudo ou temos muitas certezas, quando a nossa cabeça está totalmente cheia de verdades, não tem espaço para novos ensinamentos e percepções é necessário ter, permanentemente, a nossa cabeça um pouco vazia para poder apreender as mudanças da realidade que nos cerca, sob o risco de nos divorciarmos da realidade.
O mestre finalizou:
- As nossas certezas vêm do que vivemos no passado. O que acontece hoje não pode ser interpretado à luz do passado. Isso seria o mesmo que caminhar, em uma noite escura, em um caminho desconhecido, com uma vela acesa às nossas costas, iluminado o caminho já percorrido. 


Nenhum comentário: