Pensando
lateralmente, uma discussão pode não levar a essência das provocações e das mágoas.
No
meu entendimento, o que importa são as diferentes opiniões e para onde elas
direcionam nossos discernimentos, nossas convicções e verdades.
Viver em
harmonia com pessoas que se congregam, se afinam e têm os mesmos preceitos
filosóficos é muito fácil. Difícil é
conviver com as diferenças.
Veja que uma questão de ótica:
enquanto eu te atiro pedras, você me manda flores...
enquanto eu te atiro pedras, você me manda flores...
Ou seria o contrário:
eu te mando flores e você me atira pedras...???
eu te mando flores e você me atira pedras...???
Para muitos, sei que
não é fácil compreender.
Saber ouvir é
essencial e admitir que seu oponente está certo, também é possível.
Então... deixo duas
frases para reflexão (a sua e a minha também):
Como é maravilhoso
quando nós nos encontramos com um paradoxo. Agora nós temos um pouco de
esperança de fazer progresso. Físico Dinamarquês, Niels Bohr (1922-2009)
Se a única ferramenta que você
tem é um martelo, tudo começa a parecer com um prego. Psicólogo
Americano , Abraham Maslow (1908-1970)
Será que ajudou? Não?
Quem sabe uma
parábola ajuda...
Um mestre e seu discípulo
Um mestre estava caminhando por um jardim muito
florido e aproveitava a oportunidade para passar alguns ensinamentos ao seu discípulo.
Em determinado momento, o discípulo tinha
dificuldades em assimilar as conjecturas do mestre. Então o mestre sugeriu que
eles voltassem ao templo, pois ele queria tomar chá.
Chegando ao templo o mestre solicitou ao prestativo
discípulo que preparasse um bule de chá.
Quando voltou, imediatamente serviu o mestre... e,
para surpresa do discípulo, o mestre solicitou que colocasse ainda mais chá em
sua xícara.
E o discípulo disse:
- Mas a sua xícara já está cheia!
- Por favor, coloque mais chá em minha xícara! (insistiu o mestre).
O chá começa a transbordar para a bandeja, e o
discípulo para... O mestre, então, indaga o discípulo:
- O que você aprendeu com isto?
- Nada, pois eu já sabia que o chá iria escorrer
para a bandeja e daí para o chão (responde o discípulo).
E o mestre retruca:
- Para caber mais chá, a xícara precisa estar um
pouco vazia.
E continuou:
- Assim também somos nós! Quando achamos que sabemos
tudo ou temos muitas certezas, quando a nossa cabeça está totalmente cheia de
verdades, não tem espaço para novos ensinamentos e percepções é necessário ter,
permanentemente, a nossa cabeça um pouco vazia para poder apreender as mudanças
da realidade que nos cerca, sob o risco de nos divorciarmos da realidade.
O mestre finalizou:
- As nossas certezas vêm do que vivemos no passado.
O que acontece hoje não pode ser interpretado à luz do passado. Isso seria o
mesmo que caminhar, em uma noite escura, em um caminho desconhecido, com uma
vela acesa às nossas costas, iluminado o caminho já percorrido.
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